Projeto realizado em parceria com o Citi e Escola Estadual Rodrigues Alves (São Paulo).
A formação em empatia e comunicação na escola busca colaborar com a prática cotidiana dos profissionais, gerando reflexões sobre como as questões dos estudantes se apresentam no contexto escolar e, a partir disso, fortalecendo as competências de empatia, escuta ativa e comunicação não violenta.
Na Escola Estadual Rodrigues Alves (São Paulo – SP), estas competências foram abordadas com educadores do Ensino Fundamental (regular) e Médio (EJA) em três módulos realizados no primeiro semestre de 2023. Foram trabalhadas metodologias que podem ser replicadas junto aos estudantes, fomentando perspectivas de alteridade e boa comunicação importantes às trajetórias dentro e fora da escola. Como finalização deste ciclo, no início do segundo semestre o Instituto Reciclar também colaborou com uma atividade no replanejamento da escola.
Módulo 1
Neste módulo introdutório, os educadores começaram participando da dinâmica da “montanha-russa”, em que cada pessoa reflete e compartilha sobre seu atual momento de vida ao se situar em algum ponto do trajeto de uma montanha-russa, de modo que o grupo é convidado a uma postura de escuta ativa e empatia. Depois, com o jogo “Em seu lugar”, estas habilidades foram estendidas para além do grupo a partir do debate de situações-problema vivenciadas pelos personagens do jogo, fomentando que os participantes traçassem relações com suas próprias adolescências e com as questões trazidas pelos alunos no cotidiano escolar.
Módulo 2
Continuando a reflexão sobre quem são os alunos com quem se trabalha e quais suas questões principais, neste módulo foi trabalhada a ferramenta do mapa da empatia. Em grupos, os educadores construíram a persona de seus estudantes, observando seus sentimentos, dores e necessidades, com um posterior momento para troca e debate sobre os pontos levantados. Além de traçar perfis mais gerais dos estudantes com os quais trabalham, a ideia foi facilitar a troca de percepções e fomentar um olhar mais aprofundado para os alunos, algo muitas vezes inviável na rotina da sala de aula.
Módulo 3
No módulo final, o objetivo foi pensar sobre como as relações se dão na prática e como as formas de se comunicar, para além de uma postura empática, podem ser determinantes para tal. Assim, começando pela “dinâmica da história dupla”, os educadores se juntaram em trios em que, a cada rodada, duas pessoas diferentes responderam concomitantemente a uma pergunta colocada pelo mediador, enquanto a terceira pessoa foi a ouvinte, trabalhando a diferença entre ouvir e escutar e a importância de uma escuta ativa. Depois, o tema da Comunicação Não Violenta foi abordado, com a contextualização de seu surgimento e a prática de seus princípios a partir do jogo “Grok”, debatendo situações trazidas pelos educadores e repertoriando-os com essa ferramenta.
Replanejamento
Com o objetivo de promover a reintegração dos educadores após o recesso, retomar as reflexões feitas na formação e, sobretudo, repertoriá-los com novas ferramentas didáticas, as temáticas abordadas na formação foram resgatadas com as dinâmicas do Aquário e do World Café. A primeira, propícia para abordar assuntos complexos e trabalhar os aspectos da escuta e da fala, foi utilizada para debater o tema do interesse dos estudantes em sala de aula, e a segunda, que incentiva um processo criativo coletivo, facilitou reflexões sobre experiências positivas na escola, os desejos de estudantes e professores em relação à escola, e os planos para o semestre que se inicia, formando uma linha de raciocínio que valoriza as vivências e estimula boas ideias.
PÚBLICO ALVO
Diretamente: Educadores da Escola Estadual Rodrigues Alves
Indiretamente: Estudantes da Escola Estadual Rodrigues Alves
IMPACTO
Direto: 68 profissionais da Escola Estadual Rodrigues Alves
Indireto: 1100 estudantes Escola Estadual Rodrigues Alves